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O termo “tratamento endodôntico” pode assustar à primeira vista, mas posso te garantir que não é nenhum bicho de sete cabeças. Explicando de forma simples, é um tipo de procedimento, também conhecido como tratamento de canal, onde o cirurgião-dentista remove a polpa dental quando ela está inflamada ou necrosada (morta), evitando complicações que podem levar à extração do elemento dental por exemplo.
Como já é de conhecimento popular, a principal causa do problema de canal são as cáries, provenientes da má higiene bucal. Contudo, existem outros fatores que demandam atenção endodôntica, dentre eles, a presença de lesões periapicais em um ou mais dentes.
Estudos atuais mostram que processos infecciosos causados por bactérias nos canais radiculares dos dentes podem, sim, resultar tanto em manifestações locais como afetar outras partes do corpo.
Mesmo concentrando-se na região da boca, essas infecções podem disseminar para tecidos vizinhos por meio da corrente sanguínea. Este processo é chamado bacteremia. Em indivíduos saudáveis, a proliferação dessas bactérias ocorre, muitas vezes, sem presença de sintomas. Porém, os sinais no organismo aparecem após as bactérias atingirem órgãos como o cérebro, os olhos, pulmões e coração, por exemplo.
Fraturas, traumas e avulsões dentárias também podem demandar o tratamento endodôntico. Nesta situação, o foco é tratar a polpa dental exposta devido à queda sofrida pelo indivíduo, por exemplo, caso ele tenha fraturado algum dente. O tratamento endodôntico, mesmo às vezes sem a presença de bactérias e infecção dental, se mostra necessário para possibilitar a reabilitação do dente em questão.
O tratamento endodôntico ajuda a prevenir outras infecções e agravantes, mas é preciso levar em conta que, se o tratamento não for realizado, o paciente pode sofrer com inchaço, dores mais fortes, febre e a proliferação de bactérias, conforme mencionado anteriormente.
É comum os pacientes sentirem medo desse tipo de tratamento, principalmente quando ouvem comentários sobre ser um método dolorido. Na verdade, a odontologia, em especial a endodontia, evoluiu muito nos últimos anos e hoje os procedimentos já são bem mais confortáveis e rápidos, auxiliados por potentes substâncias anestésicas. Converse com o seu cirurgião-dentista e esclareça suas dúvidas.
