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A chegada do mês de dezembro não reserva apenas confraternizações e festas de final de ano. Logo no dia 1º é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, uma data que serve para alertar pessoas de todas as idades sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e combater o preconceito sofrido por quem convive com elas.
Dados de 2016 divulgados recentemente pela UNAIDS Brasil mostram que 36,7 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV no mundo e que, pela primeira vez, mais da metade dessas pessoas (53%) têm acesso ao tratamento. Outra boa notícia é que as mortes relacionadas à AIDS caíram quase pela metade desde 2005.
Mesmo com o cenário positivo e avanços na assistência e tratamento, a prevenção é sempre o melhor caminho. As DSTs, incluindo a AIDS, podem ser contraídas em diversas formas de relação sexual, sobretudo o sexo oral, já que contaminação ocorre a partir do contato com fluidos corporais. O contágio na boca, na maioria dos casos, é facilitado a partir da presença de úlceras orais, que fazem com que os fluídos da genitália de um parceiro infectado entrem no organismo.
As mais comuns encontradas na cavidade oral são: herpes, clamídia, gonorreia e sífilis. Embora não sejam classificadas como DSTs, pela boca também é possível contrair doenças como a Hepatite A, B e C, e outras infecções gastrointestinais.
Sintomas orais das DSTs:
- Aftas na boca que podem não apresentar dores;
- Lesões similares a feridas e herpes labial ao redor da boca;
- Garganta avermelhada e dolorida, com dificuldades para engolir;
- Amigdalite;
- Vermelhidão com manchas brancas que se assemelham a infecções na garganta.
Tratamento:
Cada DST terá uma forma específica de ser tratada e, nestes casos, a gravidade de cada uma delas será avaliada. A herpes, conforme já falamos aqui, pode ser tratada por meio de anestésico tópico para reduzir as dores das feridas e lesões. Enquanto a gonorreia pode receber auxílio de antibióticos chamados cefalosporinas. A sífilis é mais comumente tratada com penicilina ou com uma alternativa sintética como a tetraciclina.
Prevenção:
A única maneira de se prevenir de uma DST é praticar sexo seguro, incluindo sexo oral, com o uso de preservativos. Vale, ainda, reforçar a higiene bucal. Isto ajuda a reduzir riscos de se desenvolver qualquer tipo de ferida ou infecção na boca.
AIDS: conheça as formas de contágio e quebre preconceitos
Embora a AIDS seja considerada uma DST, ela merece destaque por se tratar de uma infecção viral altamente contagiosa, que não possui cura, mas tratamento. A transmissão ocorre por meio do sangue, esperma, secreção vaginal, leite materno ou transfusão sanguínea proveniente de um portador do vírus HIV.
Formas mais comuns de contágio:
- Contato íntimo sem preservativo com indivíduo portador do vírus HIV;
- Compartilhamento de agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados com o vírus HIV;
- Transmissão da mãe para o filho, durante a gravidez, parto ou amamentação.
Por outro lado, NÃO se pega AIDS assim:
- Ficar perto de um portador do vírus, cumprimentá-lo com um abraço ou um beijo;
- Relação íntima e masturbação com preservativo;
- Uso dos mesmos pratos, talheres ou copos;
- Secreções como suor e lágrimas;
- Uso do mesmo material de higiene como sabonete, toalha ou lençóis.