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Eles são coloridos e facilmente encontrados em qualquer farmácia ou supermercado. Pertencentes a várias marcas, oferecem centenas de benefícios para a nossa higiene bucal. Já deu para adivinhar de quem estamos falando? Se você apostou nos enxaguantes bucais, acertou! A presença marcante destes produtos nas prateleiras parece demonstrar que eles são imprescindíveis para a nossa saúde, entretanto, muitos cirurgiões-dentistas alertam que a indicação dos mesmos se dá a partir do surgimento de doenças bucais, como a periodontite, as cáries e até a sensibilidade. Caso contrário, a ação do enxaguante é nula.
É importante salientar que uma boa escovação, combinada ao uso do fio dental, garante a higiene completa da boca, uma vez que a ação remove a placa bacteriana e restos de alimentos dispostos na superfície dos dentes, gengiva e língua. A introdução de um enxaguante bucal nesta rotina só deve acontecer se houver indicação do dentista, que vai avaliar se o paciente apresenta algum quadro clínico que necessita de tratamento e de um produto específico.
Indicações e funcionalidades
O uso dos enxaguantes bucais é indicado para pacientes em fase de pós-operatório, que tenham dentes sensíveis ou que apresentem propensão a cáries. Os enxaguantes, em sua maioria, possuem ações germicida e bactericida, que ajudam a minimizar estes problemas. Contudo, eles não substituem a escovação, pois mesmo com o bochecho, não conseguem penetrar e nem remover a placa bacteriana e outros resíduos. Os enxaguantes devem ser considerados como um complemento às funções da escova de dente e do fio dental.
Cada enxaguante apresenta um princípio ativo específico. No caso dos enxaguantes infantis, por exemplo, eles não devem conter nem flúor e nem álcool, e a concentração dos agentes bactericidas e germicidas deve ser mais diluída. As composições dos produtos para higiene pós-cirúrgica, para controle de cárie, para combate à hipersensibilidade dental e eliminação das bactérias bucais, são distintas entre si. Logo, apenas o cirurgião-dentista deve indicar qual o melhor para cada caso e a periodicidade de uso pelo paciente.
Diabéticos devem ficar atentos aos produtos que possuem corantes, pois geralmente apresentam um nível de açúcar mais elevado. Enxaguantes à base de clorexidina só devem ser usados após indicação profissional, uma vez que podem deixar manchas nos dentes, descamar a bochecha e até causar alteração no paladar. Idosos, pessoas que tenham boca seca, dependentes de álcool e pacientes em quimioterapia e radioterapia devem evitar os enxaguantes, uma vez que estas pessoas já têm a mucosa ressecada e podem desenvolver feridas na boca e aftas.
Enxaguante X mau hálito
Existem vários tratamentos para o mau hálito, mas o uso de enxaguantes comporta-se apenas como um paliativo. O produto pode controlar o odor momentaneamente, mas não funciona a longo prazo, pois pode agravar o problema ao entrar em contato com a placa bacteriana. Outro mito em relação aos enxaguantes é a ardência. É falsa a ideia de que, quanto mais o produto arde em contato com a mucosa, mais bactérias ele mata.