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O câncer de boca está entre os dez tipos mais incidentes no Brasil segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Isto é um alerta, uma vez que as principais causas da doença estão intimamente ligadas aos nossos hábitos. Denomina-se câncer de boca aquele que engloba os lábios e a cavidade oral, bem como gengiva, mucosa bucal, palato duro e assoalho da boca.
A doença, segundo o INCA, é mais frequente em pessoas brancas e acomete mais o lábio inferior que o superior. O câncer de boca também pode estar relacionado a fatores genéticos que, associados a fatores de risco, aumentam a chances de desenvolvê-lo. A má higienização da boca também influencia, pois aumenta o número de bactérias presentes na boca. As bactérias agridem a mucosa, pois produzem ácidos, levando a erosões, úlceras e sangramento, tornando as células da boca mais vulneráveis ao surgimento das lesões pré-cancerígenas.
Pessoas que fumam têm maior probabilidade nestes casos, dado o número de substâncias tóxicas que o cigarro possui. São mais de 200, como por exemplo, a nicotina e metais pesados, que queimam as células por meio do calor, alterando o seu metabolismo e o DNA. Isto implica em seu funcionamento, fazendo com que elas se multipliquem, favorecendo o aparecimento do câncer. Vale lembrar que o câncer de boca pode estar associado a outras infecções virais, como a AIDS e o HPV.
Fatores de risco:
- Idade superior aos 40 anos;
- Hábito de fumar cachimbos e cigarros;
- Consumo de álcool;
- Má higiene bucal;
- Uso de próteses dentárias mal adaptadas nas arcadas.
Sintomas:
- Aparecimento e feridas na boca que não cicatrizam em uma semana, bem como ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro, indolores, podendo apresentar, ou não, sangramento;
- Surgimento de manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios e na mucosa bucal;
- Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado;
- Dores e presença de gânglios cervicais aumentados;
Diagnóstico precoce:
Pessoas com mais de 40 anos, ou que possuem dentes fraturados, sejam fumantes ou portadoras de próteses mal adaptadas, devem evitar o fumo e o álcool, além de promover uma higiene bucal satisfatória e fazer consultas odontológicas de controle a cada ano, realizando o exame clínico da boca. Este exame é uma forma de se diagnosticar lesões logo no início, evitando que elas se transformem em um câncer.
Prevenção do câncer de lábio:
- Evitar exposição solar sem proteção. Para isso, deve-se fazer uso de filtro solar labial e chapéu de aba longa;
- Não fumar.
Formas de tratamento:
Após diagnosticar em qual fase o câncer se encontra, o paciente será encaminhado a um oncologista e continuará sendo acompanhado pelo cirurgião-dentista para controle dos efeitos gerados à cavidade bucal pelo tratamento. Durante este processo podem surgir quadros de estomatite, candidíase, queimaduras e xerostomia (secura excessiva na boca).
A prevenção, tanto na área odontológica quanto em outras áreas da saúde, é a melhor forma de se evitar o aparecimento de qualquer tipo de doença.