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É comemorado neste 1° de dezembro o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, uma data que não deve passar e branco, afinal, a Aids é uma doença sexualmente transmissível que não tem cura, mas tem tratamento e exige disciplina da pessoa infectada pelo vírus HIV.
Conforme estatísticas recentes divulgadas pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) em 2017, 75% das pessoas que vivem com o HIV conheciam seu estado sorológico, comparado a apenas 67% em 2015. Ainda no mesmo ano, 21,7 milhões de pessoas vivendo com HIV (59%) tiveram acesso à terapia antirretroviral, sendo que em 2015 esse número era de 17,2 milhões. Ainda segundo a UNAIDS, o número de novas infecções por HIV caiu 47% desde o pico, em 1996.
A campanha 2018 lançada pelo Ministério da Saúde “Sou +, estou indetectável” reforça exatamente os bons resultados obtidos por quem realiza o tratamento corretamente. Estar indetectável é uma condição alcançada pelas pessoas que vivem com HIV por meio do uso correto dos medicamentos. Isto faz com que obtenham a chamada “carga viral indetectável”, ou seja, além da melhora significativa na qualidade de vida, essa condição impede a transmissão do HIV por via sexual.
Diante desses avanços e ganhos para a população soropositiva, vale o alerta de que a prevenção é sempre o melhor caminho. A Aids, assim como as demais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) podem ser contraídas em diversas formas de relação sexual, sobretudo o sexo oral, já que contaminação ocorre a partir do contato com fluidos corporais. O contágio na boca, na maioria dos casos, torna-se mas fácil devido às úlceras orais, que recebem contato direto com os fluídos da genitália de um parceiro que esteja infectado pelo HIV ou outras doenças.
Por isso, ao atender qualquer paciente, nós, cirurgiões-dentistas, precisamos estar atentos às lesões mais comuns dentro da boca, como herpes, clamídia, gonorreia e sífilis, e, posteriormente, orientar o paciente quanto ao melhor tratamento.
AIDS: formas de transmissão
A transmissão da Aids ocorre por meio do sangue, esperma, secreção vaginal, leite materno ou transfusão sanguínea proveniente de um portador do vírus HIV. Entre os meios mais comuns de contágio, estão:
- Contato íntimo sem preservativo com indivíduo portador do vírus HIV;
- Compartilhamento de agulhas, seringas ou instrumentos perfurantes contaminados com o vírus HIV;
- Transmissão da mãe para o filho, durante a gravidez, parto ou amamentação.
Sem preconceitos: NÃO se pega Aids assim:
- Ficar perto de um portador do vírus, cumprimentá-lo com um abraço ou um beijo;
- Ter relação íntima e masturbação com preservativo;
- Uso dos mesmos pratos, talheres ou copos;
- Secreções como suor e lágrimas;
- Uso do mesmo material de higiene como sabonete, toalha ou lençóis.